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COLHEITA DO ALGODÃO: CINCO PASSOS IMPORTANTES PARA MINIMIZAR PERDAS

A escolha da cultivar de algodão é essencial para garantir parte da produtividade de uma área, porém a colheita é um ponto-chave para o sucesso. O Brasil se destaca entre os cinco maiores produtores mundiais de algodão, ao lado de países como a China, índia, EUA e Paquistão. O momento da colheita é tão importante quanto o manejo durante todo o ciclo. Nesse artigo, nós da J&H Sementes, vamos mostrar as particularidades da colheita, será que existem diferenças na colheita de uma cultivar para outra? Acompanhe!

A colheita é diferente para cada cultivar?

De modo geral os pontos a serem observados para uma boa colheita são os mesmos independente da cultivar escolhida, porém conhecer bem o ciclo dessa cultivar e suas características morfológicas e genéticas faz toda a diferença. O planejamento é crucial para fazer uma boa colheita, no caso do algodão a colheita é uma das fases mais delicadas da cultura, perdas aceitáveis giram em torno de 10% da produção total, porém na prática os esforços estão em ter menos que 3% e máximo 5%, observe alguns passos importantes a seguir para minimizar essas perdas.

1. Importante: conhecer as particularidades da cultivar escolhida!

O planejamento começa muito antes da colheita, pois quando se elege a cultivar, o tempo de safra é definido, ou seja, o tempo da semeadura à colheita é definido pelo ciclo da cultivar escolhida, que pode variar de 130 a 220 dias, variação importante para o planejamento das atividades, sendo que no desenvolvimento da cultura do algodão podem ocorrer fases vegetativas e reprodutivas ao mesmo tempo na planta.

Sabe-se que existe o algodão safra, semeado em época normal de verão, novembro e dezembro, e o algodão segunda safra, geralmente plantado após a soja, com janela em janeiro e fevereiro. A escolha da cultivar é influenciada, portanto, pela época de semeadura escolhida, regime de chuvas, zoneamento agrícola e tipo de colheita.

2. Condições no momento da colheita.

Independente da cultivar escolhida, a colheita é muito sensível e pode causar grandes perdas para a cultura, principalmente em relação à qualidade da fibra, não só no momento da colheita, mas também no armazenamento.

A colheita do algodão deve ser feita em períodos de estiagem, pois a umidade é um dos fatores que mais interferem na qualidade da pluma. Ela deve ser iniciada quando 100% dos capulhos que foram manejados para serem colhidos estiverem abertos (Imagem 1) e os frutos estiverem com 12% de umidade, sendo que a velocidade da colheitadeira recomendada é de 3,5 Km/h para evitar perdas por queda de capulhos.

No entanto, os atrasos na colheita são igualmente prejudiciais, mesmo se colhendo em período de estiagem, pois, segundo os pesquisadores, a exposição do capulho no campo, a partir do dia da abertura, pode reduzir, em média, 0,6% de seu peso (algodão em caroço) ao dia, comprometendo a qualidade da fibra, com o aumento das impurezas, neps e a redução da reflectância (rd), uniformidade de comprimento e resistência da fibra. Os atrasos podem ocorrer na espera da abertura de 100% das maçãs ou devido à presença de folhas nas plantas, por isso a importância do planejamento da dessecação e sequência dos lotes que serão colhidos.

Imagem 1: Lavoura de algodão com 100 % dos capulhos abertos.

3. Uso de dessecantes e reguladores de crescimento.

O uso de dessecantes auxilia na otimização da colheita mecanizada pela padronização da lavoura, diminuindo as impurezas junto às fibras colhidas, como folhas verdes, galhos, entre outras. E os reguladores atuam no controle de desenvolvimento da cultura, o que maximiza o rendimento de colheita, diminuindo as perdas. Sem o uso de reguladores, a altura das plantas pode ficar inadequada para a colheita mecanizada, a qual predomina nas áreas produtoras atualmente.

Quer saber todos os detalhes sobre o uso de reguladores de crescimento na cultura do algodão? Consulte nosso artigo “Dicas para acertar no regulador de crescimento do algodão” em nosso blog.

4. Tipos de colheita de algodão.

Atualmente existem dois tipos de colheitas que são amplamente utilizados, o sistema Stripper (com pentes) e o sistema Picker (com fusos).

Sistema Stripper

É um sistema de colheita mecânica mais econômico e apresenta baixas perdas quantitativas, funciona como um “pente fino” recolhendo grande parte do algodão da lavoura, porém pode ocorrer menor qualidade nas fibras, por carregar junto às fibras, palhas secas e quebradiças, restos lenhosos da planta, que se tornam impurezas na fibra colhida.

O sistema Stripper é indicado para cultivo de algodão adensado, pois nesse tipo de lavoura a planta não forma ramificações laterais e têm menor porte, aumentando a eficiência da máquina.

Sistema Picker

Esse sistema de colheita mecânica tem suas vantagens por fazer uma colheita seletiva, com a presença de fusos que retiram somente a fibra da planta. O sistema de fusos apresenta um nível baixo de impurezas, aumentando a qualidade da fibra colhida.

Importante: O momento da colheita deve ser planejado muito antes da implantação da cultura, pois está diretamente ligado às características que a cultivar precisa expressar para um melhor rendimento nesse momento. O sistema de colheita deve ser adequado às características da cultivar escolhida, como por exemplo, altura das plantas, espaçamento a ser utilizado, época de colheita, todos esses detalhes evitam perdas nesse momento tão importante!

5. Enfardamento.

A colheita é sensível, porém após a colheita as perdas podem continuar, essas perdas podem ocorrer na passagem do cesto da colhedora para o cesto de transporte, após isso as fibras colhidas são transferidas para a prensa enfardadeira no modelo de colheita mecanizada tradicional, que formará fardos de algodão que ficam na lavoura até serem levados até a algodoeira (Imagem 2).

Imagem 2: Transporte do algodão

 

Um dos grandes avanços para minimizar essas perdas foi o enfardamento em rolos (Imagem 3), feito diretamente da máquina, evitando essas perdas mencionadas anteriormente com o transporte até a enfardadeira. Os fardos em rolo são revestidos com um filme de polietileno que serve para proteger os fardos até o momento do transporte até a algodoeira.

Imagem 3: Enfardamento em rolos

 

Considerações finais

Uma boa cultivar é aquela que se adapta às condições do local de cultivo expressando seu melhor desempenho quando manejada da forma correta e com clima favorável, porém o fechamento da safra se dá na colheita, que sempre deve ser feita com o mesmo empenho do manejo da cultura durante toda safra, principalmente para a cultura do algodão, visando a melhor qualidade da fibra colhida, que está diretamente relacionada ao preço de venda.

Consulte nossa equipe técnica e saiba mais sobre as cultivares de algodão ideais para sua região.

Esse artigo foi feito em parceria com a Agro Insight, para conhecer e saber mais, acesse: agroinsight.com.br.

BIBLIOGRAFIA E LINKS RELACIONADOS

MORELLI-FERREIRA, F.; FIORESE, D.A.; SILVA, A.R.B. Sistema de colheita Picker e Stripper: características e influências da colheita mecanizada de algodão adensado no Estado do Mato Grosso. Centro Científico Conhecer, Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v.9, n.17, p.2377, 2013. Disponível Aqui. Acesso em 30 maio 2022.

MARUR, C.J.; RUANO, O. Escala do algodão – um método para determinação de estádios de desenvolvimento do algodoeiro herbáceo. Informações agronômicas, n.105, 2014. Disponível Aqui. Acesso em 30 maio 2022.

Colheita de algodão: o que você precisa saber antes de iniciá-la. Blog Siagri. Disponível Aqui. Acesse em 30 maio 2022.

Abrapa: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. Algodão no Brasil. Disponível Aqui. Acesso em 30 maio 2022.

CHIAVEGATTO, E. J. Critérios seguros devem nortear a definição do fim de ciclo. Disponível em: https://www.esalq.usp.br/visaoagricola/edicoes/algodao. Acesso em 09 de junho de 2022.

 

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