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Determinação da Lavoura de Algodão e “Cut Out” Fisiológico

Visão do especialista Gustavo Pazzetti  

        A expressão “cut out”, originária do idioma inglês, comumente utilizada por técnicos, agrônomos e gerentes de fazendas envolvidos com cultivo de algodão, na sua tradução literal para o português significa recortar ou remover. No sentido prático, a tradução não indica ou revela nada no tocante `a fase fenológica do cultivo, porém, a expressão “cut out” é largamente utilizada para se referir à paralisação do crescimento vegetativo, ou seja, quando não se registra a emissão de novos nós no caule principal, induzida por stress, doses excessivas de regulador de crescimento, ou mesmo pelas maçãs quando as mesmas atingem fase final de crescimento e início de maturação.

            Maçãs em final de crescimento/início de maturação, são apontadas como drenos que apresentam elevada atividade metabólica, demandando quantidade de açucares equivalente à atividade fotossintética de 5 (cinco) folhas. Portanto, são apontadas como o principal regulador fisiológico de crescimento vegetativo do algodoeiro, desde que, claro, tenha sido efetuado manejo nutricional, fitossanitário e gerenciamento energético adequado, de forma a possibilitar o maior pegamento de estruturas reprodutivas de 1a / 2a posição, no terço médio e baixeiro das plantas.

          No campo, a lavora de algodão é apontada em fase de “cut out”, quando se constata que, a flor branca de 1a posição, esta situada, no mínimo, 5 nós abaixo do ápice (último nó no caule), ou quando facilmente se visualiza, no ápice das plantas, a presença de flor branca ou lilás.  Em se tratando de “cut out” fisiológico, ou seja, aquele induzido por maçãs em final de crescimento / início de maturação, se não tiver ocorrido perda da 1a estrutura reprodutiva no baixeiro, espera-se encontrar maça em fase de abertura, ou capulho aberto.

                Atingido o “cut out” fisiológico, em se tratando de variedades convencionais, se recomenda, conforme a agressividade de crescimento da cultivar, a realização de uma ou até duas aplicações sequenciais com doses de regulador mais elevadas, no sentido de interromper a formação de novos nós, consolidando dessa forma a retenção das últimas maçãs que efetivamente se transformarão em capulhos que compensem ser colhidos, pelo peso e a qualidade da fibra formada. Para as cultivares com transgenia mais eficaz contra a perda de maças induzida por lepidópteros, em se constando elevada % de retenção de maçãs no baixeiro e terço médio, é possível descartar esse manejo, especialmente se nessa fase de final de frutificação/maturação, as plantas estiverem exauridas nutricionalmente, ou com folhas envelhecidas pelo elevado desgaste associado ao estresse químico, especialmente se os regimes hídricos e térmicos estiverem em declínio.

                A decisão ou não, da “capação” da lavoura mediante uso de regulador de crescimento, a partir do “cut out” fisiológico, dependerá de uma análise muito criteriosa que obrigatoriamente deve contemplar, a perda de estruturas de baixeiro (por apodrecimento, por exemplo), a atividade fisiológica das folhas do terço superior do caule, avaliando o grau de envelhecimento por stress químico, e também, a possibilidade concreta de contar com condições ambientais favoráveis (umidade e temperatura), que efetivamente permitam a formação de estruturas reprodutivas que compensem o investimento, no tocante a peso de capulhos e qualidade de fibra.

                Nesta análise, deve-se considerar que, entre a emissão de um botão floral, ou da fecundação até uma maçã em estado pleno de crescimento, são necessários, em média, respectivamente, 40 ou 22 dias. Nesse período, em qualquer região cotonicultora do Brasil, seja de baixa ou elevada altitude, a disponibilidade de água, especialmente entre a fecundação da flor e enchimento de maças é imprescindível, não apenas para garantir maior comprimento da fibra, mas também o maior enchimento das maças para se obter o maior peso dos capulhos. Nas regiões com elevada altitude, também devem ser considerados os regimes térmicos, especialmente os noturnos, tendo em vista que a partir de meados do mês de abril, se registram temperaturas mais frias que poderão comprometer sensivelmente a deposição de celulose e consequentemente a maturação da fibra.

Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo.

GUSTAVO PAZZETTI
Professor Titular da Faculdade de Agronomia Fesurv/UniRV

RINALDO GRASSI PIROZZI
Gerente Técnico – J&H Sementes

ZACARELI MASSUQUINI
Gerente Técnico – J&H Sementes

 

 

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