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OS 5 VILÕES DA PRODUTIVIDADE NO PLANTIO DA SOJA

O momento do estabelecimento da cultura é de extrema importância para o resultado na colheita, onde alguns fatores influenciam diretamente na perda de produtividade da soja. Promover o estabelecimento correto da cultura garante maior conversão do número de sementes que se tornarão plantas por hectare, condições adequadas para fechamento da linha, otimização do uso de insumos, o que reflete diretamente na lucratividade. Neste artigo vamos falar dos principais fatores que se tornam vilões da produtividade da soja, se não forem monitorados. Acompanhe!

Vilão 1: falta de planejamento de correção e manejo da fertilidade do solo

A fertilidade do solo deve ser adequada à cultura que será instalada e seu manejo deve ser planejado e corrigido bem antes da semeadura.

Para isso é importante seguir alguns passos:

  • Coletar amostras de solo para análise na profundidade de 0-20 cm e 20-40 cm.

  • Com o resultado da análise química e física em mãos, fazer os cálculos de adubação, calagem e gessagem necessárias na área.

  • Fazer a correção do solo algumas semanas antes da semeadura da soja.

  • No momento da semeadura utilizar as adubações de plantio para suprir as necessidades da cultura e entrar com adubação de cobertura se precisar, principalmente com elementos mais instáveis, como o nitrogênio e o potássio.

  • Não adianta corrigir macronutrientes sem olhar os micronutrientes que são tão importantes quanto os primeiros.

  • Realizar o monitoramento da fertilidade anualmente até o solo alcançar os níveis mínimos de cada nutriente e a cada 3 anos pelo menos depois que atingirem os níveis ótimos.

  • Monitorar os teores de nutrientes absorvidos através de análise foliar anualmente, pois algumas interações físico-químicas do solo interferem na absorção final.

  • Sempre consulte um agrônomo responsável.

Vilão 2: Escolher sementes de baixa qualidade

A escolha das sementes é uma etapa muito importante para o retorno em produtividade. Sempre se atentar à qualidade física e fisiológica da semente. Uma semente de qualidade não deve ter danos mecânicos, deve ser livre de patógenos, de misturas com outras sementes e deve possuir alto poder de germinação e vigor.

Sobre avaliar a qualidade das sementes, você encontra em nosso blog um artigo completo sobre o assunto clicando aqui: “O que é fundamental saber ao se avaliar a qualidade da semente?”. Além disso, é importante a realização do Teste de Canteiro para averiguação da qualidade das sementes, confira em nosso site como realizar: Clique Aqui.

Com esse ponto pode ficar tranquilo, pois a J&H Sementes garante a melhor qualidade de produção e armazenamento de sementes para que o vilão da escolha errada de sementes passe bem longe da sua lavoura!

Vilão 3: Má regulagem da semeadora e alta velocidade de plantio.

Sempre regular a semeadura da melhor maneira para que a distribuição das sementes seja uniforme, garantindo um bom corte da palhada e deposição correta das sementes. Pode parecer óbvio, mas poucas fazendas leem o manual completo do maquinário para adequar a regulagem de acordo com cada situação de plantio ou tem um documento de procedimentos padrão e boas práticas na hora de configurar as plantadeiras.

Também não adianta configurar tudo certo na largada do plantio e depois não monitorar a regulagem a cada troca de lote ou mudança na condição do solo.

Após a regulagem da semeadora, a velocidade é um fator que deve ser adequado, pois ela interfere diretamente na qualidade da distribuição das sementes que vai influenciar na produtividade posteriormente. Aliás, alta velocidade de plantio é um dos principais problemas encontrados hoje no plantio da maior parte das fazendas.

Uma das soluções para um bom rendimento de plantio é o adequado dimensionamento de máquinas para a área total da fazenda. Um cálculo básico com um(a) agrônomo(a) de confiança mostrará que as perdas com a má distribuição compensam e muito a compra ou aluguel do número ideal de tratores e implementos.

Velocidade ideal de semeadura: 4 a 6 Km/h para equipamentos mecânicos a disco e 8 Km/h para os modelos pneumáticos.

Vilão 4: Pouca umidade no solo ou excesso!

A água é essencial para o processo de germinação das sementes, por isso é importante que o solo tenha umidade no momento da semeadura, porém em equilíbrio (solo em modo friável e umidade na capacidade de campo), pois tanto o excesso de água como a falta prejudicam o processo.

A falta de água impacta na germinação, pois é a umidade que ativa o metabolismo da semente, que inicia o processo germinativo, por isso não é indicado o plantio de soja “no pó” e em áreas com baixa umidade. As etapas do desenvolvimento do embrião até a germinação não podem ser interrompidas por falta de água, se isso ocorrer, o vigor da semente é comprometido, causando uma emergência de plântulas desuniforme na área.

O excesso de água impacta na distribuição das sementes, interferindo na forma de abertura e fechamento do sulco de plantio e também na profundidade, o que dificulta o processo de germinação das sementes e emergência das plântulas.

Vilão 5: Falta de monitoramento adequado de pragas, doenças e plantas daninhas

Após a semeadura, o monitoramento deve ser constante nas fases vegetativas e reprodutivas da cultura.

No início do desenvolvimento da cultura podem ocorrer doenças fúngicas como tombamento ou damping off causadas pelo fungo Rhizoctonia sp. e Phytium sp., favorecidos pelo excesso de umidade no solo. Para controle é importante o uso de tratamento de sementes e evitar umidade excessiva no momento da semeadura.

Além de doenças, a soja pode ser atacada por pragas durante todo o ciclo da cultura, sendo que no início do ciclo afetam diretamente o estande da cultura. Destaca-se nesse período as lagartas, corós e demais pragas de solo.

Após o estabelecimento da cultura, o monitoramento deve ser constante, aplicando os conceitos de MIP (Manejo Integrado de Pragas) e MID (Manejo Integrado de Doenças) e monitoramento de plantas daninhas, a fim de evitar grandes interferências na cultura.

Confira na imagem abaixo as principais doenças e pragas que ocorrem na soja.

Considerações finais

Todos os fatores mencionados neste artigo podem ser monitorados, evitando assim que eles se tornem “ladrões” da produtividade da soja. A produção agrícola é cheia de desafios diariamente, por isso conte com a gente para garantir a melhor semente, o conteúdo e suporte técnico adequados para vencer facilmente todos esses vilões!

Esse artigo foi feito em parceria com a Agro Insight, para conhecer e saber mais, acesse: agroinsight.com.br.

BIBLIOGRAFIA E LINKS RELACIONADOS

EMBRAPA. Manual de segurança e qualidade para a cultura da soja. Distrito Federal, 2005. Disponível Aqui. Acesso em 07 de novembro de 2022.

SANTOS, A.C.S.; OLIVEIRA, B.A.; GOMES, I.F.; GROFF, A.M. Fatores e técnicas de produção e sua influência na produtividade e qualidade da soja. XI Encontro de Engenharia de Produção Agroindustrial. Anais, ISSN-2176-3097. Disponível Aqui. Acesso em 12 out 2022.

Atenção com a temperatura e umidade do solo na semeadura da soja. Mais Soja. Disponível Aqui. Acesso em 12 out 2022.

Plantio da soja: 4 boas práticas recomendadas para o agricultor. Blog FieldView. Disponível Aqui. Acesso em 12 out 2022.

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