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OS MANDAMENTOS DA DESSECAÇÃO PRÉ-COLHEITA BEM-FEITA!

A dessecação pré-colheita na soja é uma prática que têm ganhado força nos últimos anos. Inicialmente a prática era utilizada somente pelos produtores de campos de sementes, mas ultimamente a prática tem sido adotada também pelos produtores de grãos devido a necessidade de agilidade no processo produtivo na transição da safra de verão para a safrinha. O processo de dessecação em pré-colheita da soja auxilia nisso, acelerando e padronizando a colheita, além de outros benefícios, que são obtidos quando a técnica é feita de maneira correta.

A J&H Sementes se preocupa sempre com os melhores resultados e como estamos com a safra verão de soja em pleno desenvolvimento no Brasil, as atenções já começam a se voltar para esse tema! Acompanhe abaixo nossas dicas para uma dessecação de sucesso que vai garantir ótimos resultados na sua colheita ou de seu cliente!

O que é a dessecação em pré-colheita da soja?

Antes de mais nada, é importante dar uma revisada no conceito! O que é a dessecação em pré-colheita da soja?

A dessecação em pré-colheita da soja consiste na aplicação de um herbicida de ação rápida, que não tenha seletividade para cultura, com o objetivo de causar a seca/morte das partes verdes da planta e padronizar o tempo de seca das vagens.

A seguir acompanhe os principais benefícios dessa prática e cuidados que devem ser tomados para os melhores resultados na colheita de soja.


Benefícios da dessecação em pré-colheita na soja

  1. Aumento do valor comercial.

Por questões ambientais e genéticas, podem ocorrer variações no desenvolvimento das plantas no momento da colheita, por isso a dessecação ajuda na uniformização da cultura, evitando assim a perda de valor comercial dos grãos ou sementes colhidas.

  1. Aumento do rendimento da colhedora.

A presença de hastes verdes na soja no momento da colheita atrapalha o rendimento da colhedora, aumentando a ocorrência de embuchamento e a porcentagem de impurezas.

  1. Controle de plantas daninhas.

Para dessecação pré-colheita, produtos com rápida velocidade de ação devem ser utilizados, pensando não só no controle eficaz de plantas daninhas na soja, diminuindo assim a presença de impurezas nos grãos, como também na próxima cultura a ser plantada. Esse manejo também favorece o controle de plantas daninhas resistentes ao glifosato, herbicida amplamente utilizado na cultura da soja, com tecnologia RR.

  1. Controle de doenças e pragas.

Com a antecipação da colheita para semeadura imediata da safrinha, o tempo de pousio da área é menor, o que favorece a diminuição de inóculos de doenças de final de ciclo e presença de pragas, principalmente as que sobrevivem em hospedeiros alternativos.

  1. Antecipação da colheita.

Utilizando essa prática, a antecipação pode ser de até 5 a 10 dias, isso ajuda na semeadura mais rápida do milho safrinha por exemplo, diminuindo as chances de perdas com a geada e baixas temperaturas em boa parte das regiões produtoras no Brasil (soja verão / milho safrinha). E no Cerrado Brasileiro, principalmente região do MAPITOBA, a colheita antecipada favorece o plantio de culturas de cobertura em áreas de sequeiro, conseguindo aproveitar o resto de umidade do solo e últimas chuvas ou o plantio de outras culturas em áreas irrigadas dentro da janela ideal.

Cuidados na dessecação da soja

Alguns cuidados devem ser tomados na hora de optar por essa prática, confira a seguir:

  1. Dessecar na época correta.

Sempre a partir do estádio R7, fase de maturação fisiológica completa. Vagens maduras na haste principal marcam o início desse estádio de desenvolvimento. Estudos indicam que os melhores resultados são alcançados quando a dessecação é feita em estádio R7.3 (75% de vagens maduras) (Imagem 1).


Imagem 1. Soja em R7.3 (75% das vagens maduras).

Importante: A dessecação feita em estádios anteriores como R5/R6 (Imagem 2) pode causar perdas de até 25%, segundo a Embrapa. A soja antes do estádio R7 não se encontra em maturidade fisiológica completa, o que pode comprometer a produtividade dos grãos e qualidade da semente, aumentando a porcentagem de impurezas (grãos pequenos por exemplo) e diminuindo o valor comercial. Vários trabalhos relatam perdas acentuadas de produtividade com a dessecação em época inadequada, além de reduzir o potencial germinativo da semente colhida.


Imagem 2. Soja em R6 (Grão cheio).

  1. Observar a previsão do tempo.

Se tiver períodos chuvosos depois da dessecação, a qualidade do grão pode ser afetada pela demora na colheita, pois quanto mais tempo a soja fica no campo em condições de umidade, maiores são as perdas. Essas perdas ocorrem principalmente por abertura de vagens, “grãos ardidos”, ou seja, contaminados por patógenos, e germinação do grão dentro da vagem.

  1. Utilizar o produto correto na dose correta.

Utilizar sempre herbicida com registro no Ministério da Agricultura (MAPA) indicado para o processo. Depois do banimento do paraquat, outros ingredientes ativos como diquat e o glufosinato de amônio podem ser utilizados com essa finalidade, até mesmo o glifosato quando a soja não for RR e, portanto, resistente a molécula. Nesse caso, é importante lembrar que existem várias plantas daninhas com resistência ao glifosato como a buva (Conyza bonariensis), amargoso (Digitaria insularis), capim pé-de-galinha (Eleusine indica) e outras que estão amplamente distribuídas nas regiões produtores de soja no Brasil.

Outros princípios ativos que vem sendo utilizados, principalmente no Cerrado, juntamente com os citados acima, são a flumioxazina ou a carfentrazona-etílica.

Além de utilizar o produto correto, analisar seu funcionamento, pois a ação dos dessecantes pode variar de uma cultivar para outra. Não levar em consideração esses detalhes pode atrapalhar os processos de planejamento de colheita, com o acúmulo de áreas a serem colhidas, atrapalhando assim o principal objetivo da dessecação, que é justamente acelerar a colheita, mantendo uma melhor qualidade do produto (grão).

  1. Contar sempre com a recomendação de um profissional.

Alguns produtos não são indicados para a dessecação, observar sempre o efeito na cultura e quais plantas daninhas estão presentes na área, bem como o período residual para a cultura subsequente, pois alguns produtos são fitotóxicos para a cultura do milho. Nesse caso é necessário aguardar um período para a semeadura, o que não é interessante quando o objetivo com a dessecação muitas vezes é justamente acelerar a colheita para adiantar a safrinha de milho. Por tudo isso, contar com um profissional no planejamento, determinação de produto e dose, bem como no acompanhamento da área é fundamental.

Considerações finais

A prática de dessecação de soja em pré-colheita tem aumentado nos últimos anos para os produtores de grãos e se tornou quase obrigatória para os produtores de sementes. Essa prática acompanha a demanda por cultivares cada vem mais precoces, devido a curta janela entre safra verão e safrinha.

Aplicar essa técnica com as dicas desse artigo, garante melhores resultados na colheita, além de trazer benefícios para as culturas subsequentes na área.

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*Esse artigo foi feito em parceria com a Agro Insight, para conhecer e saber mais, acesse: https://agroinsight.com.br.

BIBLIOGRAFIA E LINKS RELACIONADOS

Como fazer a dessecação de soja para uma colheita eficiente. Disponível em < https://blog.aegro.com.br/dessecacao-de-soja-para-colheita/>. Acesso em 20 jan 2021.

Dessecação em pré-colheita de soja. Disponível em < https://maissoja.com.br/dessecacao-em-pre-colheita-de-soja/>. Acesso em 20 jan 2022.

ADEGAS, F. Dessecação pré-colheita. Dicas Mais Soja Youtube. Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=Lj5-M7VdND0&t=24s>. Acesso em 20 jan 2022.

EMBRAPA. Dessecação é uma importante estratégia no manejo da soja. Embrapa Agropecuária Oeste, Notícias: produção vegetal, 2018. Disponível em < https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/31835117/dessecacao-e-uma-importante-estrategia-no-manejo-da-soja>. Acesso em 20 jan 2022.

LAMEGO, F.P. et al. Dessecação pré-colheira e efeitos sobre a produtividade e qualidade fisiológica de sementes de soja. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 31, n. 4, p. 929-938, 2013.

ZUFFO, A. M. et al. Épocas de colheita com dessecação química e suas relações com a qualidade fisiológica e expressão enzimática em sementes de soja. Rev. Caatinga, Mossoró, v.33, n.2, p.361–370, 2020.

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